segunda-feira, 10 de setembro de 2007

FOTOJORNALISMO-HISTÓRICO



OS PRENÚNCIOS DO FOTOJORNALISMO

De acordo com a literatura clássica que versa sobre história da fotografia o marco inicial da
invenção se dá a partir de 1826, quando o cientista-artista francês, Joseph Nicephore Niépce
“fotografou” uma natureza morta e, logo em seguida, uma paisagem de Borgonha. Ele conseguiu reproduzir imagens sobre o vidro e estanho. O processo de fixação era muito demorado podendo chegar até a longas exposições de até oito horas, mas revelou o principio básico da fotografia.
A semelhança com a pintura, o aparelho como réplica do olho humano e o visor como uma tela vazia foram aspectos fundamentais para que a fotografia rompesse modelos e se destacasse na sociedade como forma de representação visual mais próxima do real. Algumas teorias apontam a fotografia como sendo uma extensão da pintura, uma herança das artes plásticas que tem as pinceladas substituídas por um simples apertar de botão. A riqueza de detalhes vai fazer com que a nova descoberta logo ocupe o lugar da pintura e logo comece a desenhar-se como algo sendo uma espécie de documento testemunhal da cena ou do acontecimento.
Mas é por volta de 1842 que se dá o marco inicial dos primeiros indícios do que seria o foto jornalismo propriamente dito. É nessa época que se principiam os processos de reprodução da imagem e é onde surgem as primeiras confusões relacionadas às formas de impressão e autoria. Primeiro porque não existia algum tipo de máquina que não a prensa, para imprimir com qualidade a imagem fotográfica. Em segundo lugar, gravuristas e pintores tinham seus serviços contratados para a partir de um original fotográfico, reproduzir em madeira a mesma imagem para somente depois ser impressa. É claro que a perda de detalhes e também a co-autoria da imagem acabavam por descaracterizar o produto final. Essa descaracterização pode ser fundamentada no que Walter Benjamin anos mais tarde chamaria de perda da aura da obra de arte.

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